Ela é o resultado de interações sociais, históricas e ambientais que moldam o comportamento e a visão de mundo dos indivíduos. A cultura é dinâmica, evoluindo ao longo do tempo e sendo transmitida de geração em geração, o que a torna um elemento central na coesão e continuidade de uma sociedade. Em resumo, as narrativas mitológicas não são estáticas; elassão dinâmicas e fluidas, moldando-se para permanecerem relevantes nas culturasem constante transformação. A capacidade de adaptação dessas histórias permiteque continuem a desempenhar um papel significativo na compreensão coletiva domundo, oferecendo uma lente através da qual as sociedades podem explorar,questionar e refletir sobre sua própria complexidade e evolução. As lendas contemporâneas na era da informação são, assim,expressões dinâmicas de uma sociedade que está constantemente se adaptando àsmudanças tecnológicas e culturais.
- Garantir que todos os alunos tenham a oportunidade de expressar suas histórias é essencial para o aprendizado.
- Ao narrar essas histórias, eles não apenas espelham a realidade de suas épocas, mas também ajudam a moldar a percepção que os leitores têm sobre essas questões, incentivando o debate e o pensamento crítico.
- Eles continuam a oferecer um prisma através do qual as sociedadesveem o mundo, construindo uma ponte entre o passado e o presente, enquantoorientam as gerações futuras na compreensão do seu lugar na vasta tapeçaria daexistência.
- – Encoraje a participação dos pais, talvez até criando uma apresentação conjunta em que eles possam contribuir com suas histórias.
- Primeiro, as histórias tem a capacidade de unir diferentes gerações, estabelecendo laços entre avós, pais e filhos.
As narrativas infantis têm o poder de influenciar profundamente o desenvolvimento emocional e social das crianças, promovendo empatia, cooperação e senso de pertencimento. Em muitas sociedades, a literatura desempenhou um papel crucial na consolidação de um sentimento de pertencimento a uma nação, ao dar voz às experiências, valores e tradições de um povo. À medida que as nações modernas começaram a se formar, particularmente a partir dos séculos XVIII e XIX, a literatura emergiu como um veículo poderoso para expressar e reforçar a ideia de identidade nacional. As narrativas coletivas referem-se a histórias e interpretações compartilhadas por um grupo social, que moldam a identidade e a cultura desse grupo. Elas são formadas a partir das experiências, memórias e valores comuns, e desempenham um papel crucial na construção da realidade social. No contexto da psicologia, as narrativas coletivas ajudam a entender como grupos se percebem e se relacionam, influenciando comportamentos e interações sociais.
1. O papel da literatura na era global: expansão de fronteiras culturais
Por meio de festivais, rituais, cerimônias e tradições compartilhadas, as pessoas se reconhecem como parte de um todo maior, o que fortalece os laços de solidariedade e coesão. A arte expressa a criatividade, o imaginário e os sentimentos de um povo, refletindo sua história, aspirações e lutas. Os costumes, por sua vez, abrangem práticas como celebrações, rituais e formas de organização social que marcam o cotidiano e reforçam laços comunitários. Festividades como o Carnaval no Brasil, por exemplo, são uma demonstração de como os costumes culturais podem se transformar em símbolos de identidade nacional. Diversos elementos culturais contribuem para a definição da identidade de um povo, funcionando como pilares que sustentam as tradições e a coesão social.
O Papel das Narrativas Coletivas na Memória Histórica
Isso inclui tradições, costumes, língua, religião e, claro, a produção artística, que abrange a literatura. Pense em como uma boa história pode evocar memórias de infância, como a leitura de um conto pode nos transportar para a casa da avó ou para o quintal da escola. Em um mundo cada vez mais globalizado, a literatura continua a ser uma ferramenta poderosa para moldar identidades em múltiplos níveis. À medida que as fronteiras culturais se tornam mais fluidas, as narrativas literárias ganham ainda mais relevância, permitindo que as pessoas explorem identidades híbridas e transculturais. A globalização e as novas tecnologias também expandem o alcance da literatura, possibilitando a criação de comunidades literárias globais e o compartilhamento de histórias que conectam pessoas ao redor do mundo. Diversas obras literárias ao longo da história desempenharam um papel crucial na construção da identidade nacional de seus respectivos países.
As secções abaixo apresentam as principais estratégias de construção do “outro” que ocorreram nas últimas décadas em Portugal. Contudo, a originalidade da nação portuguesa encontra-se no facto de que o processo histórico de reunir as pessoas (ou seja, o processo de criação da “comunidade imaginada”) sob a égide de uma nação começou muito antes. A ideia de uma unidade cultural portuguesa, juntamente com uma unidade linguística, distingue o país da maioria dos processos europeus de criação da nação, nos quais estes elementos ou não foram tão fortes ou nem sequer coincidem com o estado-nação. Na segunda metade do século XIX, a interpretação do nacionalismo com fundamento na raça (mesmo que fosse uma combinação de diversos povos) contribuiu para um sentido de comunidade, baseado na falsa sensação de uma origem única e de um destino comum.
Recapitulação: Mitos e Lendas na Narrativa Humana
Enquanto estive em atendimento com ele através do estágio referente a formação em Psicopedagogia promovi reuniões com a equipe gestora e a família, deixando isso como recomendação para a continuidade desse vínculo. Mais uma vez, utilizando o recurso do método narrativa de retomada das memórias vivenciadas pela dupla Psicopedagoga – Cliente, posso perceber que mesmo no início, ainda escondido em um Falso Self, Rafael me revelava seus traços intuitivos. E embora sempre tenha sido difícil a exposição de seus sentimentos, conseguiu expressá-los através de seu próprio conto. As direções tomadas, diante do episódio de seu aniversário desfizeram as defesas de Rafael e pude conhecer seu lado mais espontâneo. [3] Já no século XIV, a população portuguesa sentia um crescente sentimento de ódio contra Castela e Leão (dois dos vários antigos reinos que vieram a transformar-se na Espanha).
Identidade, por sua vez, está ligada ao senso de pertencimento e à forma como os indivíduos e grupos se reconhecem. A identidade é construída a partir das relações sociais e culturais, sendo formada pelas tradições, símbolos e narrativas que uma comunidade partilha. Ela fornece às pessoas um senso de propósito e localização no mundo, conectando-as com suas origens, valores e heranças culturais. Dessa maneira, a cultura e a identidade estão intimamente entrelaçadas, uma influenciando e moldando a outra.
Essashistórias contemporâneas, que frequentemente orbitam em torno de eventossobrenaturais, mistérios urbanos e acontecimentos inexplicáveis, desempenhampapéis semelhantes aos mitos tradicionais, moldando a maneira como as pessoaspercebem e interpretam o mundo ao seu redor. A presença desses arquétipos em diferentes mitologiasdestaca a universalidade de temas fundamentais na psique humana. Essasnarrativas transcendem fronteiras culturais, servindo como veículos para acompreensão da existência humana, da moralidade e das complexidades da vida. Aoexplorar esses arquétipos, percebemos que, embora as mitologias possam serdiversas, os padrões subjacentes revelam uma intrincada teia de conexõessimbólicas que unem a experiência humana em sua diversidade. Essa perspectiva sublinha a complexidade e a profundidade da identidade social, mostrando que ela é moldada por uma interação contínua entre o passado e o presente.
Aos poucos fui promovendo um âmbito de trocas saudáveis entre família e escola, em especial entre a avó e a professora da turma de Rafael. Prossegui minhas análises mantendo o suporte afetivo e acolhimento da mãe suficientemente boa, trabalhando em paralelo meus próprios bloqueios, ampliando meus recursos e manejos, que poderiam facilitar as expressões de Rafael e desempenho de aprendizagem da criança. Inicialmente comecei os atendimentos considerando identificar seus “estilos cognitivo-socioafetivos” superior, os potenciais auxiliares e a sua função inferior menos desenvolvida, para assim poder codigo unitv atuar tanto em seus pontos favoráveis, quanto auxiliá-lo em sua função inferior. Dessa forma, alguns recortes serão descritos a seguir para a maior compreensão do caminho percorrido ao longo de 1 ano e meio de atendimento psicopedagógico com Rafael.
Estes aspectos subjetivos também eram fundamentais para manter a cuidadosa função terapêutica materna, possibilitando a constituição da relação afetiva e a escuta e valorização de Rafael, que trazia também suas feridas de abandonos passados. O uso de diferentes línguas também pode ter um impacto significativo na construção da identidade individual e coletiva. Pessoas que falam mais de uma língua podem se sentir conectadas a diferentes culturas e comunidades, o que pode influenciar sua forma de se ver e de se relacionar com o mundo. O futuro das narrativas culturais dependerá da capacidade de equilibrar a preservação e a inovação, permitindo que essas histórias evoluam sem perder sua essência. À medida que novas gerações assumem a responsabilidade de contar suas histórias, será essencial que as narrativas culturais se adaptem ao contexto moderno, enquanto permanecem enraizadas em suas origens. Projetos de documentação e arquivamento de narrativas orais estão sendo realizados em várias partes do mundo, registrando histórias e tradições antes transmitidas apenas verbalmente.
Em nossas discussões sobre o caso de Rafael percebemos o seu percurso em conectar-se com seu “Eu Sou”, possibilitando seu processo de maturação, conforme a base conceitual em Winnicott. Ampliamos nosso olhar, aproximando o pensamento de Winnicott com o pensamento junguiano do psiquiatra analista infantil J. Dessa maneira, fiquei com as questões relativas à atitude da avó, que se manteve, em todo o período dos atendimentos, ressaltando a importância dos mesmos e diferença para Rafael e posteriormente não correspondeu as minhas tentativas de contato.
Esses escritores capturaram os costumes, as paisagens, os conflitos políticos e as lutas sociais de seus povos, utilizando suas obras para definir o que significava ser parte de uma comunidade nacional. Assim, a literatura não apenas refletia a realidade dessas nações, mas também ajudava a moldar o imaginário coletivo e a consolidar a ideia de um destino comum. Em nosso primeiro encontro Rafael mostrou-se aberto ao vínculo, sendo uma criança dócil e participativa diante das atividades propostas. Realizamos a leitura do livro “O monstro das cores” (Llenas, 2022) e me contou sobre seu gosto pessoal em relação a dinossauros.